Sport, Atlético-MG, Grêmio e Atlético-PR. Perto de completar dez rodadas, o Campeonato Brasileiro de 2015 tem em seu G-4 clubes de quatro regiões diferentes do país. Todos, contudo, têm algo em comum: são comandados por técnicos com formação em educação física.
No Brasil, em tempos de 7 a 1, a discussão sobre a formação de um treinador se acirrou, perto de criar uma divisão entre dois grupos: os profissionais com base acadêmica e os ex-jogadores. Os quatro melhores clubes do Brasileiro, porém, desmentem essa dicotomia.
Eduardo Baptista, técnico do líder Sport; Levir Culpi, do Atlético-MG; Roger Machado, do Grêmio; e Milton Mendes, do Atlético-PR; começaram suas carreiras no futebol como jogadores, mas também buscaram qualificação fora de campo, na universidade.
Baptista, que é filho de Nelsinho, tinha o exemplo do pai para seguir o caminho de treinador. Para seguir seus passos, porém, se qualificou: fez mestrado em Educação Física, especialização em Fisiologia aplicada ao exercício e um novo mestrado em Ciência do Desporto.
Levir Culpi, o mais experiente da turma de técnico do G-4, obteve seu diploma em educação física em 1977, pela Faculdade de Ensino Superior de Pernambuco - na época, ele ainda era jogador e defendia o Santa Cruz. Começaria como técnico quase dez anos mais tarde, no Caxias (RS).
Na terceira colocação do Brasileiro está o Grêmio, comandado pelo ex-zagueiro Roger. Recém-alçado a função de comando técnico, ele também obteve seu diploma em educação física há pouco tempo. Em 2013, quando era auxiliar no clube tricolor, graduou-se na Faculdade Sogipa.
Fechando o G-4, está o Atlético-PR de Milton Mendes, talvez, o profissional com perfil mais "acadêmico" entre os quatro. Sua carreira como jogador foi feita toda na Europa, onde também acrescentou cursos da Uefa e a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) ao seu currículo.
Antes dos títulos de qualificação específica como treinador, porém, segundo os dados disponíveis em seu site oficial, Mendes graduou-se em educação física. Talvez por isso, ele creia que a divisão entre técnicos acadêmicos e ex-jogadores não faça sentido.
"O conhecimento científico é tão importante para a prática, como a prática é fundamental para suportar a investigação científica. Por isso, num fenômeno como o futebol, estas duas perspectivas terão de caminhar cada vez mais juntas", disse ele, em 2014, à "Universidade do Futebol".
FONTE: ESPN
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