quinta-feira, 4 de agosto de 2016

KARATÊ NA OLIMPÍADA DE TÓQUIO-2020

Por Humberto Trindade
O karate é o mais novo esporte olímpico. O Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu incluir a modalidade entre os esportes dos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020. O esporte foi aprovado por unanimidade em reunião realizada pelo COI, nesta quarta-feira, dia 03 de agosto, no Rio de Janeiro. As outras modalidades que estavam na disputa eram o surf, beisebol, softbol, skate e escalada, que também foram incluídos nos Jogos de Tóquio 2020.
A proposta encaminhada pelo Comitê Organizador dos Jogos de Tóquio prevê disputas em ambos os naipes no Kata (simulação) e Kumitê (luta), sendo, 01 atleta no kata masculino e 01 no kata feminino, e 03 pesos no masculino e 03 pesos no feminino, por pais. A história até essa conquista foi árdua, pois depois do reconhecimento da World Karate Federation-WKF por parte do Comitê Olímpico Internacional-COI em 1999, tivemos três tentativas sem êxito de ingressar nos Jogos Olímpicos: 2005, 2009 e 2013.
Quem comemora a inclusão do karate no programa oficial dos Jogos Olímpicos de 2020 em Tóquio, no Japão, é Vanderlei de Oliveira, treinador da Seleção Brasileira de Karate. “É a notícias que esperávamos há tempo, depois de algumas tentativas frustradas. Finalmente, nosso dia chegou e a estreia não poderia ser em lugar melhor, no Japão, berço da modalidade”, comemora Vanderlei.
Na sua avaliação, o fato da modalidade ser tornar olímpica, vai dar mais visibilidade, como também, um maior interesse da comunidade em conhecer o karate. “É importante destacar o crescimento em todos os aspectos que irá proporcionar para todos os envolvidos com o esporte, com a sua inclusão nos Jogos Olímpicos, principalmente no fomento de novos apoios e mais divulgações”, enumera Vanderlei.
Para o treinador, a partir de agora, a Confederação Brasileira de karate (CBK), que já realiza um expressivo trabalho, o qual possibilita e incentiva a participação de atletas brasileiros em competições internacionais, inicia um movo projeto a longo prazo, visando uma boa participação nos Jogos de Tóquio. “Será um trabalho de ciclo olímpico, com muito planejamento, capacitação técnica e intercâmbios”, explica o técnico. “Atualmente, o Brasil conta com uma equipe de qualidade em ambos os naipes, com destaque para Douglas Brose, bicampeão mundial e Valéria Kumizaki, campeã por dois anos do Circuito Mundial”, destaca.
A expectativa é ainda maior pelo fato de o Brasil ocupar a sexta colocação no ranking mundial do esporte e ser soberano na América, tendo conquistado, inclusive, o título geral no Pan-Americano de Toronto, em 2015.
Planejamento
Com a confirmação da inclusão do karate no programa oficial dos Jogos Olímpicos de Tóquio, Vanderlei não esconde o desejo de contar com atletas defendendo o Brasil em 2020. Apesar da euforia, o treinador pretende primeiro finalizar o cronograma de trabalho de 2016. “Após o Mundial Sênior (campeonato será em outubro, em Linz, na Áustria) – vamos começar a traçar novos objetivos para nossa equipe, pensando em 2020. Sabemos que estamos no caminho certo. Entretanto, com essa nova realidade da modalidade, sabemos que o trabalho terá de mudar e teremos de ter um novo planejamento com objetivos diferentes.”, explica.
Atualmente, a Associação Blumenau de Karate conta com a atleta (Maike de Oliveira, que vai representar o Brasil no Mundial da Áustria, em outubro), e Beatriz Mafra e Bianca Mafra, entre as titulares na categoria Sênior. A equipe tem ainda 13atletas de base da Seleção e que vão defender o Brasil no Pan-Americano de categorias, em Guayaquil, no Equador, entre os próximos dias 22 e 28 de agosto.
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