Confira entrevista da revista placar com o argentino que começa a construir uma grande história no verdão.
A passagem do argentino Hernán Barcos pelo Palmeiras está só no começo, mas o jogador já virou candidato a ídolo da torcida alviverde. Autor de nove gols pelo clube, o Pirata também tem suas primeiras lições sobre a história do Verdão, ainda cometendo alguns deslizes.
Amigo do ex-atacante argentino Mario Kempes, pois nasceu na mesma cidade (Bell Ville) que o campeão mundial, Barcos ainda se confunde sobre o ano da conquista do maior título da história alviverde, a Copa Libertadores da América, mas acredita que o mais importante para se tornar ídolo é conquistar um título.
Com contrato de três temporadas no Verdão, Barcos também não foi levado pela diretoria para conhecer o Palestra Itália, que está em reformas. Mesmo assim, o atacante avisa que terá a oportunidade de jogar na casa palmeirense, além de sonhar em defender a seleção do Equador na Copa do Mundo de 2014, depois de terminar seu processo de naturalização.
Antes de vir ao Brasil, você tinha também proposta melhor dos Emirados Árabes. Qual foi o motivo de ter optado pelo Palmeiras, mesmo depois do ano ruim do clube em 2011?
Era um grande desafio para mim. Quando eu soube do Palmeiras, não pude deixar passar a oportunidade. Trabalhei muito para chegar aqui.
Mas você ouviu sobre os problemas da saída do Kléber e da briga do João Vitor com torcedores?
Sim, mas são coisas que podem acontecer em qualquer clube. O jogador é uma pessoa pública e está exposto a todo esse tipo de coisa.
Com você, a relação é a melhor possível. Como sente o tratamento da torcida?
Para mim, é muito lindo que a torcida me trate dessa maneira. Tenho que aproveitar e desfrutar desse tipo de coisa.
Você já comemorava como Pirata no Equador?
Não, foi uma ideia que surgiu aqui. O apelido vem de lá por causa do barco, diziam que era barco pirata. Foi isso.
Antes de você acertar, o Roberto Frizzo falou que o Palmeiras não era marinha para ter Barcos. Como a brincadeira chegou a você?
Chegou da mesma forma como saiu daqui, mas fiquei tranquilo, porque sabia que eu estava agindo corretamente e o Palmeiras também. O Frizzo não me conhecia e eu tinha a proposta nas mãos, o que era importante. Eu não era mentiroso. Quando cheguei aqui, ele me tratou muito bem e não tivemos problema nunca.
Você procura saber da história do Palmeiras?
Escuto constantemente sobre a história do Palmeiras.
Alguns torcedores o comparam ao Evair. Você o viu jogar?
Não me lembro dele, mas todo mundo fala muito bem. Já ouvi coisas muito positivas. É bom que me comparem a uma pessoa como ele.
Recebeu alguma informação sobre o estádio Palestra Itália?
Não me falaram tanto, mas seguramente ficará muito lindo. Tenho vontade de jogar lá, vou ter a possibilidade.
Quando foi a primeira vez que você ouviu falar do Palmeiras?
Quando era criança, já ouvia falar do Palmeiras, via jogar e achava lindo.
E teve a Libertadores…
A Libertadores de 1998.
De 1999…
Isso, de 1999.
Você não se considera um ídolo do Palmeiras?
Falta muito. Para ser um ídolo, preciso conseguir alguma coisa importante para o clube. Depois disso, seguramente serei um. Mas, por hoje, só tenho que trabalhar.
Depois de ter empatado um clássico contra o São Paulo e perdido outro para o Corinthians, você vê rivalidade maior contra um dos dois?
Todo clássico é importante, nós vivemos os dois. Mas a rivalidade contra o Corinthians realmente é falada pelas pessoas. A gente sente isso dentro do campo também. Mas é melhor não se meter muito nisso porque podemos começar a brigar, o que não ajuda.
Como foi seu começo no futebol? Teve uma longa passagem pelo Racing…
Depois que saí da minha cidade, Bell Ville, eu cheguei criança ao Racing e fiquei quatro anos nas divisões inferiores. Depois, joguei algumas partidas no profissional, antes de ir ao Paraguai (Guaraní).
Bell Ville é também a cidade do ex-atacante Mário Kempes, campeão mundial pela Argentina em 1978. Vocês se conhecem?
Sim, tenho relação com ele. Para minha cidade, é o melhor jogador de todos os tempos. Eu o conheço desde pequeno, porque ele era amigo da minha família.
Você acha que tem alguma semelhança com ele? Conversaram depois de ter vindo ao Palmeiras?
Não. Ele era um jogador totalmente diferente, muito importante e por isso conquistou o que conquistou. Não nos falamos mais, só quando estava na LDU.
Você torcia por algum time na Argentina?
Era normal que fosse pelo Racing, por ter começado a jogar lá. Mas depois não tive um clube. Sigo muito futebol, mas não tenho um para o qual torça.
Ficou chateado por não ter recebido grandes chances no futebol de seu País?
Claro que não, estou muito tranquilo. Não tenho nada a mostrar para a Argentina. As coisas aconteceram bem fora e estou muito contente com isso.
Como está o processo de naturalização para o Equador?
Está encaminhada, estou esperando que fique tudo pronto. Fico um pouco ansioso para que isso saia.
Pensa em ser o atacante do Equador na Copa do Mundo de 2014 no Brasil?
Seria um sonho para qualquer jogador de futebol.
Houve aquela brincadeira de um repórter na entrevista que você não gostou. Mas o Maikon Leite também brinca bastante com você. Você conversou com ele sobre isso?
Com o Maikon sempre me dei bem. Brincadeira com respeito entre companheiros não tem problema. Mas, se é um jornalista que não conheço, não me parece sério porque respeito a todo mundo e gosto que me respeitem.
Você já falou sobre o churrasco que faz no Brasil. É churrasco brasileiro ou argentino?
Argentino. (risos) De tudo um pouco. Fiz um em que estava um amigo policial, que levou um palmeirense. Foi nesse dia que ouvi mais da rivalidade com o Corinthians.
Você teve passagem também pela China. Chegou a comer carne de cachorro?
Comia muita coisa, carne, mas não sei o que era (risos).
Fonte: revista PLACAR
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