Vanderlei Luxemburgo enfrentou Rivaldo por pouco mais de 20 minutos nesse domingo, na vitória por 2 a 1 do Flamengo no Morumbi. Mas foi o suficiente para ver que o veterano do São Paulo ainda é decisivo como na época em que foi seu comandado. E não só indica sua titularidade, mas também em posicionamento mais ofensivo.
‘Respeito a decisão do Adilson, mas daria mais chances para o Rivaldo. E poucos conhecem o Rivaldo como eu, devo ser quem mais o conhece’, disse o treinador em sua participação no Mesa Redonda, da TV Gazeta, lembrando que o jogador foi seu titular nas conquistas do Brasileiro de 1994 e do Paulista de 1996, pelo Palmeiras, e da Copa América de 1999, pela Seleção Brasileira.
O comandante do Rubro-negro sugere que Adilson Batista faça com o meia de 39 anos algo similar ao que ocorre com Ronaldinho Gaúcho. Quando chegou ao Flamengo, o camisa 10 foi colocado como atacante porque Luxemburgo detectou que seria mais decisivo nesta posição.
‘Eu não escalaria o Rivaldo na posição em que jogou na carreira inteira. Eu o colocaria ali mais perto da área, onde ele pode decidir mais. Ele não tem mais condições de sair para ficar negociando a bola no meio-campo o tempo todo. E nem precisa fazer isso’, explicou, defendendo até privilégio tático ao veterano.
‘Em 2003, no Cruzeiro, montei um esquema para o Alex jogar e não precisar ficar marcando. Ele é um jogador que pode decidir em um lance, não tem que se preocupar em marcar. Coloquei o Augusto Recife para ficar no meio-campo e marcar por ele’, relembrou Luxemburgo, campeão mineiro, brasileiro e da Copa do Brasil naquele ano.
O treinador conta que até sugeriu a Carlos Alberto Parreira que convocasse Rivaldo só para ficar no banco de reservas na Copa do Mundo de 2006. Tudo para não abrir mão de sua qualidade.
‘É um jogador que pode mudar a partida em uma jogada. O Rivaldo aceitaria ficar no banco de reservas e, quando entrar, ser decisivo. Ele não é um jogador que causa problemas. Nunca fiz nada além do que aconteceu com o Carpegiani’, disse, recordando das reclamações do meia com o ex-técnico do Tricolor por não lhe dar chances.